o que se perde enquanto os olhos piscam*

domingo, 28 de novembro de 2010

Impossível continuar a caminhar assim,
De olhos vendados,
Tateando paredes invisíveis,
Pisando em um chão –
Construído por mim, mas com a sua ajuda –
Que se desfaz ao toque dos meus pés.

Porque chega uma hora em que permanecer na mesma trilha
É retroceder
E dá um medo danado de, quando a estrada chegar ao fim,
não perceber que esse fim chegou
E despencar lá do alto
E se estatelar no chão –
Esse sim, bem sólido.

Mas é que quando a gente passa a enxergar,
Percebe que tudo são cacos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É que a gente perde muito tempo procurando a verdade do lado de fora, quando todas as respostas que precisamos se encontram dentro de nós mesmos.
Mas o fato é que, na maior parte das vezes, precisamos que alguém (ou alguma coisa) de fora da ilha nos alerte pra isso – seja com um toque amigável no ombro, ou com uma martelada no dedão do pé.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nesta noite, não há nenhuma estrela no céu
- nunca me senti tão sozinha.